segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

" X TERRA FLORIPA "















Fui a Florianopolis com o objetivo de assistir o NISSAN X TERRA. Dois dos meus alunos, o Jorge e o Simone, estavam inscritos na prova que consitia de 1500m de natação, 25km de mountain bike e 8km de corrida.

Porém durante a semana, o Simone que é italiano e trabalha numa empresa da Itália me falou que não poderia competir devido a uma viagem pela empresa para São Paulo no final de semana. Eu peguei a bicicleta e sapatilha dele e fui com o intuito de tentar trocar a inscrição dele pela minha. O máximo que iria acontecer era a organização dizer não e eu pegar o kit dele.

Chegamos no simpósio e conversando com o organizador conseguimos a troca. Eu nem tinha levado macaquinho de competição... fui com uma bermuda da Natasul Academia, que eu usava pra nadar federados em Porto Alegre e um Top da FCB, que o Frederico me deu, uma vez que fui competir em Curitiba num Aquathlon.
Eu não tenho mountain bike, nem sapatilha, nem nada relacionado ao ''offroad''. o Simone me emprestou tudo(no sábado pela manha, eu passei na casa dele e peguei tudo, já pensando num ok da organização)
A bike era uma specialized s-works show de bola, com suspensão dianteira e traseira, feita em carbono, leve e com câmbios muito bons. Eu tava bem de bike!
Só tive um pequeno problema na sapatilha... eu calço 41 e a sapatilha é 44!!!! Eu tava me sentindo um palhaço de circo!! Mas tava dando risada por conseguir entrar na "festa".

Tudo certo e arrumado, domingo as 9h largou.
Nadei bem, todo o tempo do lado da Manzan e saímos juntos, ele um pouco mais a frente que eu. Achei o máximo, já que o Manzan é referência no triathlon desde que me conheço por gente. Alem de ser meu amigo, ele é muito gente boa. Depois da prova, ainda pediu desculpa por me atrapalhar na natação, porque ele tava com o olho esquerdo cheio d'água e não me via direito ao lado dele. Na real só nos batemos algumas poucas vezes durante a agua...

Saí feliz da vida, com o locutor falando meu nome e tudo mais! Saí pro pedal e o Manzan já sumiu... eu fiquei lá tentando encaixar a sapatilha no pedal... que pouca prática!
Não deu muito tempo e o Marcio May fazendo revezamento passou por mim, logo após passou o Altafini e o Alexandre Ribeiro voando baixo(os caras me passaram na trilha, como se eu fosse uma árvore parada)
E vinha bem, segurando um 4 lugar quando no km 15 arrebentou minha gancheira.... lá se foi o cambio da bike. Quando eu parei pensando em desistir, fui atacado por milhares de pernilongos que não me deixaram pensar muito... fui obrigado a correr sem parar no meio do mato.

Eu achei que tava perto da chegada e que eu ia chegar na praia e voltava caminhando na beira da praia pra desistir. Quando eu cheguei na beira da praia, vi as tendas da transição muito longe. Vi que era melhor eu tentar empurrar a bike os últimos 10km e completar a prova. Fiquei pensando: "- Essa deve ser a essência do X terra!!" Completar não importa o que aconteça. (hoje escrevendo não sei se eu devia era ter desistido)

Menos mal, que havia muitos trechos de areia que os atletas eram obrigados a correr empurrando a bike e nesses trechos, eu estava em igualdade de condições. Mas logo aparecia uma trilha e vários me passavam...

Eu corri 10km empurrando a bike, durante um tempão, imagino que quase 1 hora. Já tava cansado porque eu corri o mais rápido que podia, mas pensando: - Um dia eu chego!!

Cheguei na transição e saí para os 8km de corrida, feliz da vida! Imagina trocar a sapatilha 44 pesada por causa da areia e água que tínhamos passado na bike por um tênis levinho e seco! Saí como uma bala!

Na corrida o percurso era de 8km que demorei 47'53. Ele já iniciava com a subida do morro da Barra da Lagoa, depois descendo, pegando um trecho de asfalto e depois beira de praia. Eu corri muito bem, comparando com os que venceram. Fiz a quinta corrida da prova contando com os revezamentos. Achei muito bom, pra quem tinha corrido quase 10km empurrando uma bicicleta...
No meio da corrida, no trecho de asfalto, as pernas doíam demais e eu pensei: - Se eu aguentei a dor do Iron, como não ia aguentar aquilo ali??

Acabei a prova cansado e hoje(segunda feira) estou bem dolorido.
Fui 6 colocado na 25 a 29 anos e 19 na geral. Gostei do resultado. Se eu não tivesse quebrado a bike, dava pra entrar entre os 5 da geral. Mas como eu sempre digo: - O "se'' é uma incógnita que nunca vai ser desvendada e não temos poder pra isso.
Lembra do Vanderlei na maratona da olimpíada? SE ele não tivesse sido agarrado por aquele retardado, teria vencido a prova???

Dessa prova tiro mais uma história e muitas risadas.

Saudações!!!

" SESC POA "















Postagem
meio atrasada da prova do Circuito Nacional SESC Etapa Porto Alegre.

Num domingo ensolarado, diferente dos últimos dois anos, largamos pra mais uma prova sprint em Belém Novo. Na foto estão meus amigos, que fiquei muito feliz em reencontrar. Pena que na pude tirar uma foto com todos os amigos que encontrei no sábado no simpósio técnico e no domingo na competição.

Mas foi uma prova bem legal. No sábadocombinávamos táticas, estratégias e toda aquela coisa que antecede uma prova de triathlon, com um único detalhe: - Nunca dá certo!!
Mas por incrível que pareça, até deu....de alguma forma...

O melhor de tudo na prova é que nosso pelotão, o primeiro da amador, era composto por:
- Chico, categoria 30 a 34 anos,
- Franco, categoria 35 a 39 anos,
- Rodrigo, categoria 20 a 24anos,
- Diniz, categoria comerciário,
- Eu, categoria 25 a 29 anos;

Pois bem, nesse pelotão não tínhamos nenhum problema em unir forças, já que todos eram de categorias diferentes e estavam buscando seus respectivos primeiros lugares nos pódios.
Pedalamos bem, abrindo dos demais, revezando cada um com sua força.
Saímos para correr e já no inicio dei um tiro forte e deixei o Chico e Franco pra trás. Aproveitei essa minha facilidade, devido ao meu pouco peso, pra abrir e correr lá na frente. Claro que não brigávamos pela categoria e sim vencer a amador... e outra, o objetivo é sempre chegar na frente. O Frank, que tava competindo na comerciário tava lá na frente e não tinha como buscar... e corri o que podia para aquele dia. Normalmente a minha corrida é que faz diferença, mas nao me senti bem pra correr. Me senti bem na agua e na bike.
Comentando com o Chico depois, chegamos a conclusão que é assim mesmo. O triathlon tem isso de especial. Tem dia que tu faz tudo bem, outro que tu faz tudo mal e tem aqueles dias que um esporte se sobre sai... e isso é o fantástico do triathlon, nunca saber o que vai acontecer.

Fico feliz de ter competido novamente com quem eu convivi muito tempo da minha vida e passava bom tempo treinando junto. Gostei ainda mais do comentário do Chico, que me falou que tava treinando junto com o Rodrigo e que estavam se puxando para melhorar. Ele comentou com a Vanessa: "- As vezes eu termino um treino com o pessoal e lembro de como deve ser difícil treinar sozinho como o Santiago está fazendo em Criciuma"
É Chico, difícil é... mas também tem o lado bom de melhorar psicologicamente sabendo que se eu aguentar sozinho, na prova com outras pessoas ao meu lado é só alegria. O IRON foi assim!!

Saudações, e vamos adiante!!!!!